Texty: Chico Buarque. Construcao. Construção.
(Chico Buarque, 1971)
Amou daquela vez como se fosse a ultima
Beijou sua mulher como se fosse a ultima
E cada filho seu como se fosse o unico
E atravessou a rua com seu passo timido
Subiu a construcao como se fosse maquina
Ergueu no patamar quatro paredes solidas
Tijolo com tijolo num desenho magico
Seus olhos embotados de cimento e lagrima
Sentou pra descansar como se fosse sabado
Comeu feijao com arroz como se fosse um principe
Bebeu e solucou como se fosse um naufrago
Dancou e gargalhou como se ouvisse musica
E tropecou no ceu como se fosse um bebado
E flutuou no ar como se fosse um passaro
E se acbou no chao feito um pacote flacido
Agonizou no meio do passeio publico
Morreu na contramao atrapalhando o trafego
Amou daquela vez como se fosse o ultimo
Beijou sua mulher como se fosse a unica
E cada filho seu como se fosse o prodigo
E atravessou a rua com seu passo bebado
Subiu a construcao como se fosse solido
Ergueu no patamar quatro paredes magicas
Tijolo com tijolo num desenho logico
Seus olhos embotados de cimento e trafego
Sentou pra descansar como se fosse um principe
Comeu feijao com arroz como se fosse maquina
Dancou e gargalhou como se fosse o proximo
E tropecou no ceu como se ouvisse musica
E flutuou no ar como se fosse sabado
E se acabou no chao feito um pacote timido
Agonizou no meio do passeio naufrago
Morreu na contramao atrapalhando o publico
Amou daquela vez como se fosse maquina
Beijou sua mulher como se fosse logico
Ergueu no patamar quatro paredes flacidas
Sentou pra descansar como se fosse um passaro
E flutuou no ar como se fosse um principe
E se acabou no chao feito um pacote bebado
Morreu na contramao atrapalhando o sabado
Andre Velloso - Rio de Janeiro, Brazil
alvnet@mailcity.com
Amou daquela vez como se fosse a ultima
Beijou sua mulher como se fosse a ultima
E cada filho seu como se fosse o unico
E atravessou a rua com seu passo timido
Subiu a construcao como se fosse maquina
Ergueu no patamar quatro paredes solidas
Tijolo com tijolo num desenho magico
Seus olhos embotados de cimento e lagrima
Sentou pra descansar como se fosse sabado
Comeu feijao com arroz como se fosse um principe
Bebeu e solucou como se fosse um naufrago
Dancou e gargalhou como se ouvisse musica
E tropecou no ceu como se fosse um bebado
E flutuou no ar como se fosse um passaro
E se acbou no chao feito um pacote flacido
Agonizou no meio do passeio publico
Morreu na contramao atrapalhando o trafego
Amou daquela vez como se fosse o ultimo
Beijou sua mulher como se fosse a unica
E cada filho seu como se fosse o prodigo
E atravessou a rua com seu passo bebado
Subiu a construcao como se fosse solido
Ergueu no patamar quatro paredes magicas
Tijolo com tijolo num desenho logico
Seus olhos embotados de cimento e trafego
Sentou pra descansar como se fosse um principe
Comeu feijao com arroz como se fosse maquina
Dancou e gargalhou como se fosse o proximo
E tropecou no ceu como se ouvisse musica
E flutuou no ar como se fosse sabado
E se acabou no chao feito um pacote timido
Agonizou no meio do passeio naufrago
Morreu na contramao atrapalhando o publico
Amou daquela vez como se fosse maquina
Beijou sua mulher como se fosse logico
Ergueu no patamar quatro paredes flacidas
Sentou pra descansar como se fosse um passaro
E flutuou no ar como se fosse um principe
E se acabou no chao feito um pacote bebado
Morreu na contramao atrapalhando o sabado
Andre Velloso - Rio de Janeiro, Brazil
alvnet@mailcity.com